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8 de mar. de 2010

Esperando os Cavaleiros da Cultura

Os alunos da Escola Municipal Dr. Viriato aguardam com entusiasmo a chegada dos Cavaleiros da Cultura que passarão por Curvelo na II Etapa da Cavalgada Cultural Barasília 50 Anos. Estamos aproveitando a oportunidade e aprendendo mais sobre a nossa belíssima capital, bem como sobre o maior arquiteto brasileiro, Oscar Niemeyer. Hoje, trabalhamos este texto que conta de um jeito diferente a história de Brasília.
Uma pequena história sobre Brasília (Homenagem à fundação de Brasília e a seu povo )

por Leon Frejda Szklarowsky
- Tia, onde fica Brasília?

- Ué, Pedrinho, você não sabe? Com essa idade, já completando seis anos, você ignora que a Capital do Brasil é Brasília?
- Pois é, tia Júlia. É por isso mesmo que estou perguntando. Você também não sabe?
 Gargalhadas.
- Que é isso, menino? Brasília é a capital do Brasil.
- E o que quer dizer capital?
- Bem, à palavra capital, Zezinho, tem muitos significados. A palavra expressa um pensamento. E algumas palavras representam várias coisas.
- Ih! Não estou entendendo.
- Espere, Pedrinho, vou explicar direitinho.  Capital pode significar principal, maiúsculo, isto é letra grande, por exemplo. Também pode exprimir a idéia de cidade, onde fica estabelecido o governo que dirige um Estado ou um país.
- Só isso?
- Não, dona Mariazinha. A senhora resolveu vir-se juntar a nós? Pensei que não tivesse interesse na conversa de gente grande?
- Não, mamãe, eu já tenho nove anos e sou grande. E gosto de aprender. Posso ficar aqui?
- Claro, minha filha. Seus priminhos não se importarão, garanto.
- Pode, sim.
- Também quero que você fique conosco.
- Assim é que se fala, Pedrinho e Zezinho. Chame seu amiguinho, Júnior, que está, na sala de visita, vendo televisão. Talvez ele prefira ficar conosco.
- Júnior, minha tia está chamando você.
- Estou indo.
- Muito bem. Vamos continuar a nossa conversa.
- Tia...
- O que é, Pedrinho?
- Você estava falando de Brasília, que é a capital do Brasil....
- Muito bem, Brasília é capital do Brasil. Mas nem sempre foi a capital. Aliás, faz pouco tempo. Quer dizer, no dia 21 de abril, completará 41 anos, que foi fundada.
- Puxa! Tão velha, assim?
- Velha, nada. A atual capital foi inaugurada em 1960, exatamente no dia 21 de abril. Não faz muito tempo. Afinal, há cidades que têm mais de três mil anos. Por exemplo, Jerusalém. Roma tem mais de dois mil anos. Paris já é bem velhinha, também. Quer saber uma cidade brasileira antiga?
- Quero, sim.
- Por exemplo, São Paulo foi fundada em 1554.
- E existem outras?
- Claro. Recife e Salvador são dessa época. O Rio de Janeiro, também. Há outras mais.
- É verdade. Não sabia que Brasília era tão nova. Mas ela é mais velha que eu.
- Sim, senhor, Júnior. Você tem 10 anos e ela, somente 50.  E, falando em Salvador, esta foi a primeira capital do Brasil. É linda!
- E por que mudou?
- Zezinho, tudo muda. Depende de muitos fatores. De lá, mudou para o Rio de Janeiro? Lembra-se que estivemos, todos nós, no Rio de Janeiro, no casamento da tia Diva, há dois anos?
- Foi tão bom, que até gostaria de voltar.
- Então, o Rio foi capital, até a inauguração de Brasília.
- E por que saiu de lá?
- Júnior, o Brasil tem mais de oito milhões de quilômetros de área. É um país muito grande. Acho que parte da Europa cabe aqui. Vários países da Europa, como a França, a Bélgica, a Holanda, a Espanha, são menores que muitos Estados brasileiros. Só alguns países são maiores ou quase do tamanho do Brasil. Por exemplo, a China, a Índia, a Rússia, os Estados Unidos da América.
- E o que tem isso a ver?
- Há, sim, Pedrinho. A maioria das cidades brasileiras ficava no litoral, à beira mar. Era mais fácil . Os navios atracavam no litoral e as pessoas que vieram colonizar o Brasil, os portugueses, preferiam assentar-se próximos ao mar, pois assim não tinham que andar muito, porque naquela época não havia carro, avião, trem, que permitissem o deslocamento por grandes distâncias.
- E metrô havia?
- Você está-me gozando, Júnior?
- Claro que não havia metrô, pois ele é apenas um trem que trafega nas cidades. Daí, era muito penoso, naquela época, ultrapassarem-se determinados limites.
- E ninguém ia para o interior?
- Ah, ia-me esquecendo dos bandeirantes, os paulistas...
- Como nós?
- Você é pretensioso, seu Pedrinho. Mas é verdade. Eles eram paulistas, como nós, e formavam grupos e iam em busca de índios, ouro, enfim, de riquezas, e formavam cidades, por onde passavam. Assim, foram desbravando o país.
- Como assim?
- Mariazinha, eles paravam em muitos lugares, para descansarem, pois iam a cavalo e às vezes até a pé. No entanto, o Brasil, como disse, é muito grande, do tamanho de um continente.
- E o que é continente?
- Continente, Zezinho, é uma grande massa de terras cercada de oceanos, mares. O Brasil situa-se no continente americano. E, por ser muito grande, tinha que ser desbravado, porque os bandeirantes não atingiram todos os lugares.
- Desde quando o Brasil ainda era colônia, isto é, estava dominado por Portugal, já se falava em mudar a Capital, para o interior. Quem se lembra de José Bonifácio, o patriarca da Independência?
- Eu.
- Pois é, Júnior, ele até bolou um nome para a capital: Brasília ou Petrópole.
- E muita gente também achava que a capital devia mudar-se para o interior, porque assim o Brasil se interiorizava, isto é, poderia desenvolver-se.
- Puxa, mãe!
- Todo mundo falava que deviam fazer uma nova cidade que seria a Capital, mas ninguém se animava a fazê-lo.
- E por que não começaram a construir essa cidade?
- Bem, Júnior, a coisa é muito complicada. Não é fácil.
- E quem mandou construir Brasília?
- Foi um grande Presidente, Pedrinho. Chamava-se Juscelino Kubitscheck, Ele nasceu em Minas Gerais, na cidade de Diamantina.
- E onde fica Diamantina, tia?
- Já disse, Pedrinho. Juscelino era mineiro. Esta cidade é muito famosa, por sua tradição, como muitas outras. Por exemplo, Congonhas do Campo, Tiradentes etc.
- Ele queria o progresso do Brasil. Achava, como muitas outras pessoas, que a Capital tinha que mudar e começou a obra. Não parou até o dia da inauguração. Foi uma festa e tanto. Só vendo. Tinha até vontade de estar lá, mas seu tio ficou doente e não deu para ir. Se pudesse teria ido morar naquele mundo novo. Devia ser bonito ser pioneira, isto é, ajudar a povoar aquela cidade, naquele fim do mundo.
- Onde era esse fim do mundo?
- Bem, Mariazinha, fica num pedaço do Estado de Goiás, que se desmembrou e se transformou no Distrito Federal. Fica a cerca de 200 quilômetros de Goiânia, capital do Estado de Goiás, pois São Paulo, fica a quase mil quilômetros e o Rio de Janeiro fica há mais ou menos mil e cem quilômetros.
- É longe, mesmo. E como é a cidade, agora?
- É diferente de tudo que se conhece. As avenidas são largas. Tudo foi projetado. As quadras e superquadras são o exemplo de que o arquiteto Lúcio Costa, que morreu, há pouco tempo, queria fazer algo diferente. E Oscar Nimeyer, que, felizmente ainda está vivo e em plena atividade, conseguiu mostrar ao mundo o que pode o homem, quando quer inovar. Mas tinha que haver um líder, dotado de energia e determinação. E este era nada menos que o Presidente Juscelino. Como vocês vêem, o brasileiro fez do nada tudo. E Brasília comoveu o mundo todo. A ONU tombou a cidade, pela sua beleza, grandiosidade e valor histórico. Ninguém pode mudar.
- Eu gostaria de conhecer Brasília.
- Não se preocupe, Mariazinha. Um dia nós vamos conhecer. E levo seus primos e também o Júnior, se os pais dele deixarem.
- Agora, vamos almoçar. Parece que seu pai já chegou e sua mãe está pedindo para todos lavarem as mãos, antes de se sentarem à mesa.
- Eu também?
- E por que não, seu Júnior?
- Afinal, você é o bom amiguinho de todos. Espero que seus pais não fiquem bravos.
- É só telefonar, para eles.
- É mesmo, havia-me esquecido disso. Você é muito vivo. Não se perde.
- Pois é!
E, assim, a tia Júlia contou a história de Brasília e lembrou-se daquela época em que quase foi parar naquele lugar inóspito que se tornaria em tão pouco tempo à princesa do cerrado e faria inveja a todo mundo.

 
O texto, com certeza, é muito longo, mas através de um leitura compartilhada, fica divertida a sua leitura. Oferece oportunidade para trabalhar a Língua Portuguesa, bem como integrá-la à Geografia e História. Aspectos como o porquê da mudança da capital para o interior e como isso foi feito merecem ser destacados. Outro destaque se deve dar ao papel de cada um dos importantes personagens: JK. Lúcio Costa e Oscar Niemeyer na construção da Princesa do Cerrado, nossa Brasília. A partir do texto, outras fontes serão consultadas a fim de se preparar uma bela recepção aos Cavaleiros da Cultura. Já sabe quem são os Vavaleiros da Cultura? Informe-se: http://www.cavaleirosdacultura.com.br/ ou consulte uma de nossas postagens sobre o assunto.

2 comentários:

  1. Parabéns, professores, pelo belo trabalho! Estamos preparando a passagem pela sua cidade com muito carinho! Um grande abraço,
    Cavaleiros da Cultura.

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  2. Eu achei interessante porque eu aprendi coisas que eu não sabia.E uma delas é que Brasilia tem o formato de um avião.
    Eron - 4ª série

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